O DESESPERO DE DEUS
Álvaro César Pestana[1]
2012
Deus
ama seus filhos. Ele gostaria de vê-los fazendo tudo bem e do melhor modo para
ele. Ele nos vê fazendo coisas más e estultas, que só irão complicar e
atrapalhar nossa vida, mas não intervém para não nos “esmagar” ou nos “anular”
apenas com sua sombra ou com sua aproximação.
Então
o que ocorre? Deus sofre! Ele sofre ao assistir nossos erros e nossas decisões
tolas que nos causarão muitos males e consequências negativas e dolorosas. Ele
vem em nosso socorro, não para nos impedir de agir ou para nos tirar os
movimentos, mas para produzir circunstâncias e possibilidades de aprendizado e
de arrependimento em face de nossas desventuras. Ele faz com que até nossos
erros possam, se mantivermos contato com ele, cooperar para o nosso crescimento
e enriquecimento espiritual.
Contudo,
Deus sofre. Talvez não seja correto usar a palavra “desespero” citada no título
deste texto, pois Deus não perde a esperança, pelo contrário, ele é sempre
fonte dela. Contudo, o “desespero” de Deus aplica-se a ele no sentido que ele
gostaria e esperaria poder ajudar, mas, ele não força ninguém a agir com todo
seu poder e seu querer benignos.
É
difícil ser um Deus bom. É difícil deixar o ser humano agir erradamente sem
tentar anular quase que cada passo e cada pensamento equivocado de cada homem.
Não obstante, Deus continua amando. Em silêncio e na penumbra, ele usa tudo
para o nosso bem e espera que aceitemos seus ensinos, seu amor e seu perdão.
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